A Mostra gratuita promovida pela Cinemateca Brasileira nos dias 20, 21 e 22 de julho contou com a exibição dos 10 documentários produzidos pela primeira edição do projeto Memória do Esporte Olímpico Brasileiro. No sábado, após a apresentação dos filmes, os cineastas Ugo Giorgetti e José Roberto Torero se encontram para um bate-papo com a plateia sobre os roteiros que dirigiram.

O longa “México 1968 – A Última Olimpíada Livre”, dirigido por Giorgetti, conta a história da primeira edição latino-americana dos Jogos. O filme retrata o campeonato como um divisor de águas, em meio a um contexto político mundial definidor: era a época da Guerra do Vietnã; da ditadura militar no Brasil; de maio de 1968, em Paris; e da invasão da Tchecoslováquia pela União Soviética.

Já o curta-metragem de Torero “Ouro, Prata, Bronze e… Chumbo” resgata a história da primeira participação do Brasil nos Jogos, em 1920, nas Olimpíadas de Antuérpia (Bélgica), quando o país conquistou suas primeiras medalhas da história com a equipe de tiro esportivo. O documentário fala sobre os esforços e as aventuras que esses heróis percorreram para representar o Brasil.

Este ano, o Memória do Esporte Olímpico Brasileiro distribuirá mais de 2 milhões de reais para a produção de mais nove roteiros sobre a história do Brasil e seus atletas nas Olimpíadas. Os novos projetos serão selecionados por meio de concorrência pública. As inscrições estão abertas e vão até o dia 24 de setembro. Qualquer produtora de vídeo do Brasil cadastrada na Ancine pode participar.


MOSTRA MEMÓRIA DO ESPORTE OLÍMPICO BRASILEIRO  NA CINEMATECA BRASILEIRA

20 a 22 de julho de 2012

Realização do Instituto de Políticas Relacionais, o projeto MEMÓRIA DO ESPORTE OLÍMPICO BRASILEIRO fomenta a produção de documentários que resgatam a história dos atletas olímpicos brasileiros. Parte do Programa Petrobras Esporte e Cidadania, o MEMÓRIA DO ESPORTE conta com patrocínio da Petrobras e da ESPN Brasil, e apoio da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e da Cinemateca Brasileira. Neste mês, o público poderá conferir os filmes vencedores do edital lançado pelo projeto em 2011, uma série de curtas e um longa-metragem que revelam as trajetórias dos esportistas do país desde os anos 1920. Atletas como Maria Lenk, Aida dos Santos, José Telles da Conceição, Adhemar Ferreira da Silva, Servílio de Oliveira e Cláudio Kano são alguns dos retratados por diretores brasileiros novos ou veteranos. Destaque para a projeção do longa México 1968 – a última olimpíada livre, de Ugo Giorgetti, que trata da primeira edição latino-americana das Olimpíadas, um marco na história dos Jogos por conta das tensões políticas que a atravessam, e Ouro, prata, bronze e… chumbo!, de José Roberto Torero, curta sobre a conquista das primeiras medalhas para o Brasil nas Olimpíadas de 1920, realizadas na Bélgica. No dia 21/07, Giorgetti e Torero conversam com o público sobre a realização de seus documentários. Confira mais informações sobre a mostra no site da Cinemateca ou acesse www.memoriadoesporte.org.br para obter mais informações sobre o próximo edital do projeto.

ENTRADA FRANCA

CINEMATECA BRASILEIRA

Largo Senador Raul Cardoso, 207

próximo ao Metrô Vila Mariana

Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215)

www.cinemateca.gov.br

PROGRAMAÇÃO

20.07 | SEXTA

SALA CINEMATECA BNDES

18h30 MARIA LENK – A ESSÊNCIA DO ESPÍRITO OLÍMPICO | BRILHO IMENSO, A HISTÓRIA DE CLÁUDIO KANO

21.07 | SÁBADO

SALA CINEMATECA BNDES

16h30 AIDA, UMA MULHER DE GARRA | O SALTO DE ADHEMAR | DE OLARIA A HELSINQUE: A HISTÓRIA DE UM SALTO | PÁTRIA

18h30 OURO, PRATA, BRONZE… E CHUMBO! | MÉXICO 1968 – A ÚLTIMA OLIMPÍADA LIVRE | ENCONTRO COM UGO GIORGETTI E JOSÉ ROBERTO TORERO

22.07 | DOMINGO

SALA CINEMATECA BNDES

17h00 A LUTA CONTINUA – UM DOCUMENTÁRIO EM 12 ROUNDS | REINALDO CONRAD: A ORIGEM DO IATISMO VENCEDOR

FICHAS TÉCNICAS E SINOPSES

Aida, uma mulher de garra, de André Pupo

São Paulo, 2011, vídeo digital, cor, 26’

Única mulher da delegação brasileira nas Olimpíadas de Tóquio, em 1964, Aida dos Santos conquistou a quarta posição na prova de salto em altura, mesmo sem treinador, patrocinador, tênis ou uniforme próprio. O documentário resgata a memória dessa saltadora e sua epopeia olímpica.
Livre

sáb 21/07 – 16h30

Brilho imenso, a história de Cláudio Kano, de Denis Kamioka

São Paulo, 2011, vídeo digital, cor, 26’

Humilde e carismático, o tenista de mesa Cláudio Kano participou das Olimpíadas de Seul, em 1988, e de Barcelona, em 1992, e deixou muitas saudades após sua trágica morte antes dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Cláudio não chegou a ser um medalhista olímpico, mas sua carreira reúne elementos muito especiais, que revelam o perfil não só de um grande atleta, mas de um verdadeiro ídolo.
Livre

sex 20/07 – 18h30

De Olaria a Helsinque: a história de um salto, de André Klotzel

São Paulo, 2011, vídeo digital, cor, 26’

No dia 20 de julho de 1952, nos Jogos Olímpicos de Helsinque, José Telles da Conceição alcançou a marca de 1,98m no salto em altura e conquistou uma inédita medalha de bronze para o Brasil, tornando-se, assim, o primeiro representante do atletismo brasileiro a subir ao pódio. Seu triunfo, porém, foi ofuscado pela conquista do ouro no salto triplo por Adhemar Ferreira da Silva. O documentário busca conceder o devido reconhecimento a esse superatleta.

Livre

sáb 21/07 – 16h30

A luta continua – um documentário em 12 rounds, de Renata Sette Aguilar

São Paulo, 2011, vídeo digital, cor/pb, 26’ | Exibição em HD Cam

Em 1968, o Brasil recebeu sua única medalha olímpica no boxe até hoje. O autor da façanha foi Servílio de Oliveira, ganhador do bronze. Esse documentário procura desvendar o homem por trás da medalha e mostrar toda a sua emocionante saga para disputar os Jogos Olímpicos do México.

Livre

dom 22/07 – 17h00

Maria Lenk – a essência do espírito olímpico, de Iberê Carvalho

Distrito Federal, 2011, vídeo digital, cor, 26’

Documentário que registra as histórias e recordações generosamente contadas pela nadadora brasileira Maria Lenk. Um material único, de valor inestimável para a memória do esporte olímpico brasileiro.
Livre

sex 20/07 – 18h30

México 1968 – a última olimpíada livre, de Ugo Giorgetti

São Paulo, 2011, vídeo digital, cor, 52’

Documentário sobre a primeira edição latino-americana das Olimpíadas, realizada no México em 1968, marco na trajetória dos Jogos. A edição mexicana foi um divisor de águas por ocorrer num contexto mundial dominado por tensões como a Guerra do Vietnã, a atuação repressora das ditaduras militares na América Latina, Maio de 68 na França, e a invasão da Tchecoslováquia pela União Soviética. Foi também a última Olimpíada antes do sequestro da delegação israelense, ocorrida nos Jogos seguintes, em Munique. Além do aspecto político, as Olimpíadas do México ainda assinalam uma etapa importante no aprimoramento técnico do evento.

Livre

sáb 21/07 – 18h30

Ouro, prata, bronze e… chumbo!, de José Roberto Torero

São Paulo, 2011, vídeo digital, cor, 26’

As três primeiras medalhas do Brasil vieram juntamente com a primeira participação do país nos Jogos Olímpicos. A equipe de tiro foi a responsável pela façanha, nas Olimpíadas de 1920, na Antuérpia (Bélgica). O projeto resgata esses heróis e conta as aventuras que eles percorreram para representar o Brasil nos primeiros Jogos de sua história.

Livre

sáb 21/07 – 18h30

Pátria, de Fábio Meira

São Paulo, 2011, vídeo digital, cor, 26’

Fernanda Venturini, Ana Moser, Márcia Fu, Hilma, Ana Flávia, Ida, Ana Paula, Virna, Leila, Fofão, Filó e Sandra. O filme conta a história dessa formidável equipe de vôlei feminino, que conquistou o primeiro pódio olímpico da modalidade, com a medalha de bronze em Atlanta, em 1996, e colocou o Brasil na elite do esporte.

Livre

sáb 21/07 – 16h30

Reinaldo Conrad: a origem do iatismo vencedor, de Murilo Salles

Rio de Janeiro, 2011, vídeo digital, cor, 26’

Pioneiro em seu esporte, Reinaldo Conrad aprendeu a velejar numa represa e se tornou o primeiro medalhista olímpico da vela brasileira – uma das modalidades mais vitoriosas do Brasil. O filme trata da história desse grande iatista, que participou de cinco edições dos Jogos, e que ainda tem o sonho de participar, aos 74 anos, das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
Livre

dom 22/07 – 17h00

O salto de Adhemar, de Rafael Terpins e Thiago Brandimarte Mendonça

São Paulo, 2011, vídeo digital, cor, 26’

Adhemar Ferreira da Silva é o único atleta brasileiro que conquistou duas medalhas de ouro consecutivas numa mesma prova dos Jogos Olímpicos. Sua história é marcada pela superação dos limites e sintetiza as dificuldades e desafios dos atletas brasileiros no século passado: ascensão meteórica no esporte e agruras e preconceitos vividos em sua carreira.
Livre



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